sexta-feira, 4 de abril de 2008

Escola Dominical - 2°Trimestre

DISCIPLINAS DA VIDA CRISTÃ
II Tm. 2.3-12

Objetivo: Meditar a respeito do exercício da disciplina com vistas ao aprimoramento da vida cristã.

INTRODUÇÃOAo longo deste trimestre estudaremos a respeito das disciplinas da vida cristã. Nos dias atuais, marcados pelo corre-corre da modernidade, teremos a ampla oportunidade de aprender e vivenciar a prática da piedade. Hoje, na primeira lição, a partir dos exemplos de Paulo, em II Tm. 2.3-6, veremos como o soldado, o atleta e o agricultor servem de inspiração para a disciplina do cristão.

1. A PIEDADE COMO DISCIPLINAA palavra “disciplina”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vem do latim “disciplina”, que, em sua etimologia, tem a ver com o ato de instruir e educar. Na definição do termo, alguns outros vocábulos estão atrelados, entre eles: obediência, ordem, bom comportamento, castigo e penitência. O termo grego, em I Tm. 4.7,8, é “eusebeia”, comumente traduzido como “piedade”. Essa palavra ocorre, primordialmente, nas epístolas pastorais de Paulo e na II Epístola de Pedro, bem como em uma declaração de Pedro em At. 3.12. Nesses contextos, “eusebeia” tem a ver com o modo devoto e particular do crente viver com e para Deus. É nesse sentido que Paulo instrui a Timóteo para que se exercite na piedade, elegendo-a como prioridade, ao invés de se deixar levar pelo amor ao dinheiro (I Tm. 6.11). O exercício na piedade, por conseguinte, é muito mais valioso do que o físico (I Tm. 4.8). Os meios principais para se alcançar um padrão de vida piedoso são: a sã doutrina (I Tm. 6.3), o conhecimento da verdade (Tt. 1.1), mas, sobretudo, o conhecimento de Deus (II Pe. 1.3).

2. A DISCIPLINA CRISTÃ2.1 Como a de um soldado (II Tm. 2.3) – como bons soldados de Cristo, precisamos buscar uma vida disciplinada. O uso dessa metáfora de guerra é recorrente na perspectiva paulina (I Co. 9.7; II Co. 10.3; I Tm. 1.18; Fp. 2.25; Fm. v.2). Reconheçamos que estamos numa luta espiritual e recorramos, disciplinarmente, às armas celestiais (II Co. 10.4; Ef. 6.11-13).
2.2 Como a de um atleta (II Tm. 2.5) – a figura do atleta também inspira o crente à disciplina. Basta lembrar de toda a prática, principalmente, em relação à renúncia daquele que participa de competições. Paulo conhecia a vida regrada dos atletas das arenas grego-romanas, e com base nela, recomenda que os cristãos treinem a vida espiritual (I Co. 9.24-27).
2.3 A disciplina como um agricultor (II Tm. 2.6) – podemos aprender bastante com a figura do agricultor. Ele se desprende do grão para lançá-lo à terra, aguarda o momento em que a planta haverá de produzir, e só então, colhe os frutos. Semeemos espiritualmente, se quisermos colher frutos dessa mesma semente (I Co. 9.7-11).

3. ALCANCE DA DISCIPLINA CRISTÃA disciplina cristã envolve vários aspectos da vida diária. Nesse trimestre, com base no comentário do Pr. Claudionol Correia de Andrade, abordaremos os seguintes: 1) o amor ao Senhor; 2) a oração; 3) a leitura devocional da Bíblia; 4) o culto cristão; 5) o serviço cristão; 6) os dízimos e as ofertas; 7) o louvor a Deus; 8) as tentações; 9) o testemunho cristão; 10) o jejum e a oração pela pátria; 11) a unidade cristã; e 12) a confiança em Deus. Existem muitos outros elementos da disciplina cristã, cabe, no entanto, ao crente, em seu relacionamento com Deus, consagrando sua vida a Ele, a partir de uma prática contínua de leitura da Bíblia e de oração, descobrir os pontos nos quais precisa investir mais na piedade.

CONCLUSÃOA prática da piedade, ou da disciplina, na vida do cristão poderia também ser comparada ao treinamento de um músico. Quanto mais ele se dedica ao seu instrumento, melhor será sua atuação, e, proporcionalmente, quanto menos ensaia, menor será seu desempenho. Na medida em que se distancia do instrumento, ele mesmo vai percebendo que já não o executa do mesmo modo. Depois, seus colegas, as pessoas que estão ao seu redor, verão que Ele já não é mais o mesmo. Até que, finalmente, a audiência notará que a execução musical não se realiza como antigamente. Essas colocações também se aplicam à vida cristã. A quantidade de tempo investida na piedade – disciplina espiritual – refletirá, proporcionalmente, no caráter e testemunho do cristão.

BIBLIOGRAFIAFOSTER, R. Celebração da disciplina. São Paulo: Vida, 2008.HUGHES, R. Disciplinas do homem cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

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