quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A SELEÇÃO DE JESUS NO DISCIPULADO

A chamada de Jesus aos seus primeiros discípulos traz grandiosas lições. Leroy Eims em seu livro "A arte perdida de fazer discípulos" traz alguns princípios usados por Jesus. Transcrevo um desses princípios chamado de "PRINCÍPIO DA SELEÇÃO".

O princípio da seleção

Os homens escolhidos por Jesus eram pessoas comuns — pescadores, coletores de impostos e outros. Quando chegou a hora de escolher os que deveria treinar, passou a noite em oração. "Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos" (Lc 6.12,13).

Este é um dos pontos importantes da seleção. Jesus não pegou a primeira pessoa que demonstrou interesse; para Ele, aquele era um momento decisivo, com conseqüências imprevisíveis. Conseqüências eternas. Não podemos mensurar; sabemos, no entanto, que os resultados daquele ministério se mantêm até o dia de hoje e, pela graça de Deus, continuarão na vida de muitas pessoas no porvir.

Qualquer pessoa que queira se envolver no ministério de fazer discípulos (Mt 28.19) deve analisar o aspecto seletivo com atenção. É mais fácil pedir a alguém para entrar que do que para sair: através da seleção evitam-se desapontamentos e tristezas na escolha da pessoa errada.
Por que Jesus escolheu alguns homens tão humanos e sujeitos a fracassos? Imaginemos uma escolha feita com base na cultura, na capacidade intelectual e no poderio econômico: pessoas que nunca foram assediadas pelo medo, que nunca erraram ou disseram coisas erradas, que nunca sofreram enfermidades nem tiveram desejos, problemas e pecados. Como reagiríamos? Nunca nos identificaríamos com gente assim. Seríamos tentados a deixar tudo de lado e acharíamos que seria bem melhor continuar a viver nossa vida medíocre de sempre!

Não eram apenas homens comuns, eram diferentes uns dos outros; não doze cópias! Não eram doze soldadinhos de chumbo moldados na mesma forma, doze réplicas de retratos impressos na mesma máquina, ou doze estátuas de plástico reproduzidas igualmente. Um exemplo disso é que Simão, o Zelote, odiava os romanos que governavam a Palestina, enquanto Mateus, coletor de impostos, trabalhava para Roma.

O que depreendemos disso? Que lições práticas inferimos desses exemplos? Uma lição parece óbvia: ao fazermos discípulos, não devemos selecionar os que têm temperamentos e personalidades iguais aos nossos, nem escolher apenas os que agem de maneira cordial e que se encaixam em nossos padrões de vida. Sempre é bom ter na equipe alguns "cabeças-duras" ao lado de pessoas calmas e estudiosas.

A obra de Cristo tem aspectos multiformes e, às vezes, uma pessoa rude e disponível se encaixa mais adequadamente numa tarefa específica do que um filósofo erudito, e vice-versa. Deus ama a variedade. Você pode encontrar na natureza rosas selvagens ao lado de violetas azuis, palmeiras e pinheiros, cactos e magnólias, e um campo de girassóis. No zoológico, maravilhamo-nos com a variedade de animais: a girafa, o hipopótamo, a gazela, o macaco, o bem-te-vi e a águia. Na hora de escolher homens e mulheres para discipular, é necessário abandonar nossa propensão ao conformismo e seguir o exemplo de Jesus.

Os homens que Jesus escolheu eram chamados de galileus, a quem os sofisticados irmãos de Jerusalém consideravam provincianos e atrasados. Eram trabalhadores rudes, comparados aos filósofos e aos eruditos da cidade grande. Por saberem pouco, eram mais facilmente ensináveis do que a elite cultural de Jerusalém. Não estou afirmando que Jesus despreza aqueles que têm cultura e conhecimento. Ele conversou durante um bom tempo com Nicodemos, membro do sinédrio e mestre em Israel. Mais tarde escolheu a Saulo, de Tarso, e o colocou como líder da igreja.

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