SINAL

O vocábulo sinal, no original grego "semeion", ocorre setenta e sete vezes no Novo Testamento. Sendo que, nos Evangelhos aparece quarenta e oito vezes. Treze vezes ocorre em Atos, oito nas Epístolas de Paulo, sete no Apocalipse, e uma vez em Hebreus. No Evangelho de João aparece com o significado de "sinal milagroso", "milagre" (Jo 2.11,18,23).

Os sinais operados por Jesus, eram operados em resposta a uma necessidade, ou necessidades prementes, porém tinham também um significado mais profundo, comunicando ensinos espirituais e contendo elementos proféticos.

Assim, temos na transformação da água em vinho, o anúncio da transformação completa da natureza em gerai e do homem em particular. Nos episódios da ressurreição do filho da viúva de Naím e Lázaro (Lc 7.11-16; Jo 11.25-45) Jesus proclamava a sua vitória plena sobre a morte no devido tempo (1 Co 15.26-55; Ap 20.14).

As curas falavam da sua vitória sobre os males físicos e espirituais, e falavam do seu poder de destruir o pecado. Ao expulsar os demônios, Ele preconizava o fim do principado de Satanás.

Concluindo, os seus sinais tinham duplo objetivo. O de socorrer imediatamente o necessitado, e o de glorificar a Deus. Jamais Jesus buscou a glória dos homens. Todavia, os sinais causaram no povo reações diversas, isto é, alguns creram nele e O adoraram, outros se iraram contra Ele, e várias vezes tentaram matá-lo (Jo 11.45-53; 12.37,43).